Um Branco No Candomblé

Um Branco No Candomblé

Hoje dia 02/12/2023 estava eu em minha loja ‘Conveniência’ e um cliente chegou, e entre atendimento e descontração, ele viu uma pulseira de coral preto e vermelho em meu pulso esquerdo e soltou.. Você é flamenguista?
Resp. Não, Esta pulseira é uma representatividade de meu orixá! há! então você é da macumba?

Resp. Também não, até porque essa palavra tão somente é um instrumento musical! Enfim fui dar uma aula a ele que se interessou talvez por minha abordagem ao tratar do assunto. Uma das frases que ele usou até me espantou! Eu pensei que era uma religião só de pessoas negras. E nisso me veio a reflexão..

Sobre a Aceitação na Comunidade Religiosa
Em certos terreiros, a cor da pele pode não ser uma questão relevante, e a aceitação pode estar mais relacionada à dedicação à prática religiosa e ao respeito pelos rituais e tradições. Porém, em alguns casos, a presença de um homem branco pode levantar questões sobre a apropriação cultural ou sobre a compreensão real e o respeito pela cultura e tradições afro-brasileira.

Desafios de Percepção e Respeito
Alguns podem ter a impressão de que um homem branco no Candomblé está ali por curiosidade ou por motivos diferentes dos espirituais e religiosos genuínos. Isso pode resultar em uma maior necessidade de demonstrar respeito, entendimento e comprometimento com a prática para ser aceito pela comunidade religiosa.

Consciência da História e do Privilégio
Ser um homem branco em uma religião de origem africana também pode envolver uma conscientização constante da história de opressão e discriminação que as comunidades afrodescendentes enfrentaram e ainda enfrentam. Isso pode demandar um entendimento sensível do privilégio associado à identidade racial e da importância de apoiar e respeitar as tradições e costumes culturais.

Contribuição Positiva e Aprendizado Contínuo
A participação de um homem branco no Candomblé pode ser uma oportunidade para contribuir positivamente para a promoção da diversidade, respeito e entendimento intercultural. Isso pode ser alcançado por meio do aprendizado contínuo, do respeito às tradições, do apoio às comunidades afrodescendentes e da promoção da igualdade e inclusão.

Em resumo, ser um homem branco no Candomblé pode implicar desafios e oportunidades únicas, exigindo uma abordagem sensível, respeitosa e comprometida com a compreensão e preservação das tradições e crenças de nossa religião.

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